2 de dez. de 2009

As we know it.


"Bad day, bad day, bad day!" Já dizia o meu querido (pelo menos no desenho) Jackie Chan.
Sabe aqueles dias que você acorda e não quer sair da cama, por que sabe que alguma coisa vai acontecer?
Então, acordei assim. Só não sabia que seria tão ruim.
Fui pro colégio, fiz a prova de português, todo mundo saindo 5 minutos depois do começo da prova.
Bem cedo, “Você vai agora?” perguntei pra Carol.
Tenho dois caminhos pra voltar pra casa, orla ou Iguatemi, como precisava ir pro Iguatemi ver umas coisas, fui com Tamiris e Carol.
Conversando besteiras pelo caminho, encontramos alguns estudantes do Nogueira, um colégio que fica perto do meu. Nogueira Passos tem uma rivalidade com o Serravalle (meu colégio) sem motivos aparentes.
Andando e conversando com as meninas normalmente, eis que me assusto quando sou empurrado contra a grade de um prédio. “Ai que brincadeira infeliz”, pensei.
Não era brincadeira; Dois alunos do Nogueira estavam prontos pra me bater. Motivos desconhecidos, provavelmente pelo fato de sermos do Serravalle, não sei e nem estava a fim de saber no momento.
Logo depois do empurrão, levei um soco bem no queixo, aposto que era pra ter sido no meu olho, mas fui mais rápido e doeu mesmo assim.
Corri (!), sim, eu poderia ficar parado e TENTAR brigar, mas não, eu sei que sou fraco e não sei brigar, corri. Lembrei passamos por dois homens que estavam pintando um portão do prédio ao lado, e foi pra lá que eu fui.
“Hey, me ajuda! Eles querem me bater!”
“E o que você fez?!”
“Nada, eles só querem me bater!”
Clameeeii por um escudo, mas o que estava na escada nada fez. Já o mais forte, me ajudou, disse que tinha um amigo policial que fica na guarita ali perto (uns 10 metros do local), antes disso, os meninos ficaram me esperando mais na frente.
Eu realmente não sabia o que fazer me senti um lixo, mas ao mesmo tempo me senti melhor que eles, por não ter ficado pra brigar, não tinham motivo pra brigar. Não pude me conter em desejar que um caminhão destruísse os crânios deles, claro, o ódio estava queimando. Lembrei rapidamente de um episódio do desenho do Jackie Chan, em que a moral da estória era: “A melhor batalha, é aquela que não acontece.”, me senti idiota pensando isso, aff, era tudo muito confuso, rápido e extremo. Não sabia o que fazer.
O amigo do cara não estava lá, tive que voltar pro colégio. Na volta, rindo com Carol e Tamiris (que por dentro, era tudo o oposto), aquilo tudo ainda estava sendo processado pelo meu cérebro, só que mais lento, detalhadamente, acho que tentar, inutilmente, entender o que aconteceu.
Voltando pra casa, agora pela orla, liguei o meu MP4 e o repeat. Literalmente fui ver o mar, fiquei sentado na areia, esperando o ônibus chegar.
Agora estou aqui em casa, não estou tentando mais entender, mas não vai sair da minha cabeça.
“Shit! Isso não vai me deixar dormir.” – Acabei de pensar.
Menos cinco pontos pra minha auto-estima.

Violência gratuita, quem curte?

3 comentários:

aquático disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
aquático disse...

te confesso que nunca ouvi falar nesse tipo de rivalidade, ou não lembro.

uma merda. nem sei bem o que te dizer. ou até sei! duas coisas:

praticar uma arte marcial (até mais do que ser 'fortão') pode ser bom pra você, tanto pela auto-estima alimentada naturalmente com a luta - e isso seria válido pela vida afora, independentemente, quanto pra você poder se defender, eventualmente (tomara que raramente ou nunca!), num caso como o acontecido.

a outra coisa a ser dita é que, sim, tu é muuuito melhor do que esses pobres garotos. =)

um abraço!

Unknown disse...

(que por dentro, era tudo o oposto) Não era, amigo, não era.
tamirs